Em Alegrete no Rincão do 28, adolescente de 14 anos anos é humilhada por gostar de jogar futebol
“Não vou
aceitar que minha filha seja humilhada por gostar de futebol, por usar um
short, isso é uma absurdo! Ela foi rechaçada por um grupo na comunidade onde
moramos, foi muita maldade” – descreveu Patrícia Severo de 38 anos.
Ela é mãe de
uma adolescente, de 14 anos, que sofreu discriminação e bullying de um grupo de
pessoas na localidade onde residem, no Rincão do 28. Na manhã do dia 26, a mãe
que mora no interior chegou no Conselho Tutelar acompanhada da filha. Ela foi
atendida e orientada a fazer um registro na
Delegacia de Polícia.
Patrícia
também esteve na redação do PAT. Muito abalada, por diversas vezes, a
entrevista foi interrompida pelas lágrimas, o motivo foi a humilhação que a
filha passou. Na tarde de domingo, a família foi até um galpão construido na
Vila para encontros nos finais de semana e para que os moradores possam
confraternizar, jogar futebol, colocar a conversa em dia. Mas para surpresa de
Patrícia, a pauta era a filha adolescente.
O grupo
teria ofendido a menina por gostar de futebol e num jogo ter colocado uma
bermuda. A polêmica é que a adolescente que é apaixonada por futebol desenvolve
o esporte junto com homens. Por não ter outra opção ela jogava com os times
formados pelos moradores, a menina é a única mulher. “Não consigo acreditar que
as pessoas foram pobres de espírito ao ponto que convocaram uma reunião para
tentar impedir que minha filha continue fazendo o que gosta, chegaram a dizer
que ela não é capaz de ter algum futuro com o futebol, insinuando que lugar de
mulher é atrás das panelas. Como pode, hoje em dia ter um pensamento tão retrógrado.
Ela joga com o pai dela, é goleira no time, tem o maior apoio da família e por
ignorância foi maltratada, nunca vou aceitar algo semelhante.”- falou.
O desespero
da mãe se deu porque a filha, que já tem histórico de depressão, começou a se
machucar(automutilar), parou de comer e o pouco que conseguia ficava com
náusea. “Imagina acontecer algo com minha filha, seria o meu fim. Somos unidos
e nenhum tipo de humilhação será tolerado com nossa filha seja por quem for.
Vamos buscar os direitos dela, somos pobres, mas não somos ignorantes, além de
apoiá-la sempre. Se quiser ser uma atleta com certeza vai ser uma das melhores
por todo empenho e vontade ” – concluiu.
Fonte Blog AlegreteTudo
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