Policias civis de Santiago e RS participam de operação nacional que prendeu mais de mil pessoas


Imagens em tempo real da operação Midas foram coordenadas e transmitidas para Brasília pelo Serviço de Inteligência Policial e Análise Criminal (SIPAC) da Delegacia de Polícia Regional de Santiago.




Brasília, 26/09/2018 - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e o presidente do Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil (Concpc), Emerson Wendt, divulgaram no fim da manhã nesta quarta-feira, dia 26, os primeiros resultados da Operação Midas, de cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão contra acusados de crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e roubo em todo o país. Todo o trabalho está sendo monitorado do Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), em Brasília.

Até as 17h, foram presos 1496 adultos (sendo 427 prisões por roubo; 17 por latrocínio e 783 por outros crimes, além de 269 prisões em flagrante) e apreendidos 109 adolescentes. Foram cumpridos 535 mandados de busca e apreensão. Também foram apreendidos 88 armas de fogo e 75 veículos. Os números finais serão divulgados na sexta-feira (28).

Midas é terceira operação realizada a partir de uma parceria com as polícias estaduais e coordenada pelo Ministério da Segurança, no âmbito do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). Ela é realizada simultaneamente por polícias civis do Distrito Federal e 25 estados e conta com a participação de 8.128 policiais civis. O único estado que não participou da Operação Midas foi o Amazonas, devido a algumas dificuldades operacionais decorrentes de uma mudança que está ocorrendo em um cargo de chefia na área de segurança pública.

Durante a entrevista, realizada pela manhã, o ministro Raul Jungmann informou que as operações têm sido lançadas de forma simultânea em todo o país para demonstrar a coordenação com as polícias estaduais e os ganhos dessa coordenação. Entre as justificativas da operação, ele aponta a de que o dinheiro roubado, principalmente de carros-fortes e de caixas eletrônicos, acaba sendo usado por facções para a prática de outros crimes, como tráfico de drogas, contrabando e até mesmo financiamento de campanhas políticas.

“O roubo a caixas eletrônicos têm acontecido em quantidade de milhares ao ano. Nossos setores de Inteligência informam que ele serve de capital de giro para as facções, para o financiamento de outras atividades, como tráfico de drogas, contrabando, descaminho e tantas outras operações que são promovidas pelo crime organizado”, explicou o ministro.

"Com a operação, nossa meta é tirar de circulação as pessoas que causam sensação de insegurança muito grande à população", afirmou o presidente do Concpc e chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, delegado Emerson Wendt. Ele idealizou a operação e acompanhou o trabalho das equipes dos estados e DF a partir do CICCN, unidade gerida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Segurança Pública (Senasp/MSP) e criada para gerenciamento e suporte de grandes ações em todo o país.

Sistema Único e Política Nacional
Jungmann também defendeu que o combate ao latrocínio ajuda a reduzir o número de homicídios e informou que, em 22 de outubro, as metas da Política Nacional de Segurança Pública serão referendadas durante reunião do Conselho Nacional do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). “O Brasil está assumindo e propondo aos estados uma redução de 3,5% ao ano, dos homicídios. Como os homicídios vinham crescendo 4%, se conseguirmos uma redução, até 2019, de 3,5, teremos reduzido em 7,5% esses crimes”, argumentou.


Fonte e Fotos Blog Rafael Nemitz


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